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Sangati Berga
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Tradição com olhar para o futuro

Por O POVO Lab

Empresa de equipamentos para o setor produtivo do trigo, Sangati Berga se moderniza para avançar em diferentes segmentos e levar nome do Ceará para o mundo

A década de 90 foi um marco para a história da moagem no Brasil. Foi quando, pela primeira vez, empreendedores do segmento puderam começar a comprar e moer trigo livremente, após anos de monopólio por parte do Governo Federal, conta Pedro Pereira, diretor de tecnologia e inovação da Sangati Berga S/A. Foi também nesta época que a empresa, antes intitulada Sangati do Brasil, passou por um processo de reformulação e iniciou uma série de avanços que se desenvolve até os dias de hoje.
Sob direção de Pedro, Ricardo Pereira e Luca Baldasso, desde 1992 a Sangati Berga é uma empresa 100% brasileira, e atua principalmente na fabricação, comercialização e automação de equipamentos para o setor produtivo do trigo. As máquinas da empresa também são direcionadas para outras indústrias, a exemplo da de milho, arroz, café, malte e soja. Aos poucos, a companhia também começa a entrar em outros mercados, como o de energia e de mineração.
“Há uma perspectiva muito positiva da reaproximação do Brasil das grandes economias mundiais, o que deverá fomentar novos mercados e novos negócios. Estamos paulatinamente nos preparando para atender novos setores onde já temos algumas realizações, como o de mineração e a área de etanol a partir do milho”, explica Pedro Pereira.
Ao contrário de outros setores, a crise foi responsável por um incremento em muitas cadeias de produção do setor. De acordo com Pedro, no início da pandemia, o consumo de pães, massas e biscoitos cresceu 15% no Brasil, contribuindo para o avanço da indústria de moagem.
Apesar do desafio para realizar viagens, concluir a negociação de contratos e do aumento no valor da logística e da matéria-prima - além da queda do consumo pós-lockdown - o saldo foi positivo para o segmento, que se modernizou para continuar em evolução, um movimento que é contínuo e ultrapassará a crise.
“Aqui na Sangati, temos projeções bem promissoras para os próximos anos. Temos um departamento de desenvolvimento que está continuamente estudando como modernizar nossos equipamentos, adequando-os às normas NR-10 e NR-12 e às novas medidas sanitárias para máquinas de alimentos”, destaca Pedro. Recentemente, a empresa teve a recertificação da ISO 9000, que recebe desde 2007 pelo padrão de qualidade.

Ceará lidera setor no Nordeste
Em setembro deste ano, no Congresso Internacional da Indústria do Trigo, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcos Montes, afirmou que o Brasil está no caminho para a autossuficiência no que diz respeito à produção e exportação do grão, um dos pilares da cadeia industrial do País.
No Nordeste, segundo Pedro Pereira, o Ceará é um dos estados determinantes neste sentido. “Os três grupos que temos aqui - M. Dias Branco, J. Macêdo e Moinho Cearense - têm uma capacidade de moagem instalada de cerca de 4.500 toneladas/dia de trigo, o que representa em torno de 34% da capacidade de moagem instalada da Região”, destaca.
Acompanhando a relevância da produção de grãos brasileira, a Sangati Berga, por ser uma empresa que fornece moinhos completos para diversas indústrias, tem se destacado no mercado nacional e internacional. A marca atua em mais de 30 países, sobretudo na América Latina e do Norte, e hoje tem mais de 300 funcionários. “Nosso intuito é contribuir não somente com os impostos gerados e nossas operações, mas também como divulgadores da nossa origem”, conclui Pedro

E para a próxima década?
“Estamos em plenos estudos para estabelecermos a indústria 4.0 em nossos moinhos, com o objetivo de promover a digitalização das atividades industriais, melhorando os processos e aumentando a produtividade dos moinhos”, Pedro Pereira, diretor de tecnologia e inovação.

Linha do tempo

1978
Empresa começa a operar sob o nome Sangati do Brasil, com fábrica em Fortaleza e escritório em São Paulo

1985
Ricardo Pereira, atual diretorpresidente, começa a atuar na Sangati do Brasil

1989
Após completar os estudos no exterior, Pedro Pereira começa a trabalhar na empresa

1992
O empreendimento passa por um processo de reformulação, dando início a uma nova fase e uma nova marca: a Sangati Berga S/A

1995
O terceiro acionista, Luca Baldasso, se junta a Ricardo e Pedro Pereira na gestão da empresa

2005
Ocorre a compra das ações de empresas europeias que faziam parte da sociedade, tornando a Sangati uma empresa 100% brasileira


2008 até o período atual
Desenvolvimento de tecnologias e consolidação da empresa nas Américas, se tornando o maior fornecedor de equipamentos de moagem no Brasil

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Realização