Com "Vingadores: Guerra Infinita" prestes a ser lançado, entenda como o Universo Cinematográfico da Marvel se tornou o principal modelo de blockbusters da atualidade
Por Hamlet Oliveira
Dez anos já se passaram desde que Tony Stark colocou pela primeira vez a armadura de ferro e fugiu pelo deserto. Entre novos heróis chegando a todo instante, personagens que ficaram pelo caminho, sucessos multimilionários de bilheteria e algumas controvérsias, o Universo Cinematográfico da Marvel (MCU) se tornou o principal exemplo do modelo moderno de blockbusters. A iminente chegada de “Vingadores: Guerra Infinita” marca tanto o momento mais ambicioso da franquia de filmes, como promete ser um ponto de virada definitivo na saga dos “heróis mais poderosos da Terra”.
Em 2008, quando os direitos cinematográficos dos principais personagens da “Casa das Ideias” estavam nas mãos de outros estúdios (Fox e Sony), a Marvel tomou a decisão de investir no consagrado modelo de franquias. Esse primeiro momento teve o lançamento de “Homem de Ferro” (2008), de Jon Favreau, seguido de “O Incrível Hulk” (2008), de Louis Leterrier. Por ser um herói mais familiar ao grande público – por conta das demais adaptações, tanto televisivas como cinematográficas –, o Gigante Esmeralda parecia a aposta certa. No entanto, o filme é, até hoje, o pior desempenho de bilheteria do MCU.
Foi a personalidade canastrona e arrogante de Tony Stark, aliada à interpretação marcante de Robert Downey Jr. que trouxe a popularidade tão ansiada pela Marvel. Com a formação dos Vingadores já como objetivo para os próximos anos, tudo se fortaleceu com a compra da Marvel pela Disney, anunciada em 2009, por US$ 4 bilhões. A parceria rendeu séries de TV, maior orçamento para os filmes, milhões em vendas de brinquedos – ou seja, um dos negócios mais bem sucedidos da história recente do cinema norte-americano, que resultou num verdadeiro modelo de produção em Hollywood.
Por mais populares que personagens como Thor, Capitão América, Homem de Ferro, Homem Formiga e outros fossem para os fãs de quadrinhos, o grande público não era familiarizado com eles. Essa aposta nos secundários e seu subsequente sucesso, talvez, tenha sido a iniciativa mais louvável da Marvel. Os Guardiões da Galáxia, por exemplo, eram relativamente desconhecidos até para parte dos amantes de histórias em quadrinhos. Hoje, eles ganharam status representativo em diferentes mídias. O reflexo disso está sendo sentido até agora: “Pantera Negra” (2018) se tornou a segunda maior bilheteria do estúdio, atrás somente do primeiro “Vingadores” (2012).
Muito desse sucesso se deve à coesão dada na hora de amarrar as histórias. Esse trabalho ficou a cargo de Kevin Feige, produtor e presidente da Marvel Studios. Com uma carreira quase completamente construída em volta da produção de filmes de super-heróis, Feige soube conduzir o caminho que a série de filmes deveria trilhar para se diferenciar no mercado.
Dito isto, o estúdio não está isento de falhas. Em 10 anos, não foi lançado um filme sequer protagonizado por uma mulher. No rastro do sucesso de “Mulher-Maravilha” (2017), da concorrente DC Comics/Warner, “Capitã Marvel” segue em produção, mas a demora para tal investimento é uma mancha no “currículo” da empresa. Problemas na linha do tempo dos filmes também ocorreram, após o lançamento de “Homem-Aranha: De Volta ao Lar” (2017), além de os dois primeiros filmes da franquia “Thor” nuncaterem sido considerados os momentos mais brilhantes da Marvel no cinema. O desperdício dos vilões é dos aspectos mais marcantes das falhas do MCU. Descartáveis, quase todos os antagonistas não passam de meras ferramentas para que os personagens cumpram suas jornadas, com atores e interpretações interessantes sendo jogadas de lado ao fim de cada filme.
Mesmo com todo o planejamento de Kevin Feige, outros tropeços ocorreram ao longo dos anos. A opção por retirar Nick Fury do momento atual dos heróis é um dos principais exemplos disso, uma vez que o personagem funcionava como o elo de conexão da “Iniciativa Vingadores”. O próprio trajeto para “Guerra Infinita” poderia ter sido mais direto. Afinal, “Era de Ultron” (2015) foi uma decepção para os fãs e pareceu mais com um desvio no caminho do que uma progressão natural para os personagens.
Múltiplos universos Se nos quadrinhos da Casa das Ideias o uso de vários universos funciona para criar realidades alternativas para os personagens, no mercado hollywoodiano essa teoria teve outros resultados. Com o sucesso bilionário das franquias da Marvel, foi natural que outros estúdios criassem suas próprias obras ambiciosas, de forma a gerar um efeito semelhante nos fãs. Claro, o caso mais famoso é o da DC/Warner, que desde o fim de “Harry Potter” procura um novo queridinho do público (acabou que a Warner trouxe o universo bruxo para mais cinco filmes, mas isso é coisa para outro especial). Entre os exemplos, estão a Fox, com sua forma incompreensível de abordar os “X-Men” e dezenas de filmes genéricos que não renderam nada, como “Frankenstein: Entre Anjos e Demônios” e “John Carter: Entre Dois Mundos”. De todos que surgiram em todos esses anos, a iniciativa da Universal, de criar o infame “Dark Universe”, talvez tenha sido a mais vergonhosa. Apresentada com pompa e promessa de trazer todos os monstros do estúdio para um só mundo, o projeto se encontra, hoje, em stand by (parada) após o fracasso absoluto de “A Múmia” (2017).
Para além das Jóias do Infinito Apesar de formulaicos e repletos de clichês de blockbusters, os filmes da Marvel possuem uma popularidade que os rivais podem apenas torcer para conseguirem. Porém, a forma com a qual os personagens foram conduzidos foi capaz de criar legiões de fãs, fazendo com que os heróis sejam um símbolo da atual geração de Hollywood. Os próximos dois filmes dos Vingadores serão determinantes para mostrar qual será o ponto de virada da trajetória dos heróis. É ingenuidade pensar que uma mudança radical ocorrerá na estrutura dos longas, como se especulou durante o lançamento de “Era de Ultron”. Ainda assim, é seguro apostar que a Casa das Ideias fará de tudo para se manter no topo do mercado. Os fãs só têm a agradecer e torcer para que o resultado sejam filmes divertidos e bem realizados, que não irão reinventar a roda, mas a farão girar a todo vapor.
O Futuro do Universo Cinematográfico da Marvel está nas Estrelas
A espera acabou e assistiremos nesta quarta-feira, 24, ao final da terceira fase do Universo Cinematográfico da Marvel. Mas e depois?
Por Davi Rocha
Existe um bocado de motivos para acreditar com a iminente conclusão do terceiro arco do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU), que teremos uma grande mudança no elenco dos super-heróis no cinema. A ameaça do vilão Thanos, – e, paralelamente, dos ainda mais poderosos “termos de renegociação contratual” de alguns atores –, pode renovar os talentos que estarão presentes nos próximos filmes da saga dos Vingadores na telona.
Após "Vingadores 4" (cujo título oficial ainda é um segredo) não se sabe qual será a formação de heróis a compor a equipe em um futuro – e irrevogável – quinto filme. "Guerra Infinita" marcará a jornada de dez anos de Robert Downey Jr. sob o manto do Homem-de-Ferro, bem como a de outros atores, como Chris Hemsworth (Thor), Chris Evans (Capitão América) e Scarlett Johansson (Viúva Negra). Muitos destes, após quase uma década de Marvel, devem sair. Mas, então, quem fica?
As maiores apostas para uma repaginada na "primeira divisão" da Marvel Studios repousam sobre ombros jovens e surpreendentes. De 2014 – ano de lançamento de “Capitão América 2: O Soldado Invernal” – até agora, fomos introduzidos a uma grande quantidade de novos protagonistas e heróis coadjuvantes, como o próprio Soldado Invernal, o time dos Guardiões da Galáxia e o Homem-Formiga, todos lançados ainda na “fase dois” do MCU. Ao longo da terceira fase de filmes (de 2016 até os dias atuais) apresentaram-se Doutor Estranho, mais guardiões galácticos, Pantera Negra e Homem-Aranha, em sua terceira iteração, agora interpretado por Tom Holland. A inserção destes novos heróis foi bem sucedida, culminando com a conquista de “Pantera Negra” (2018) do título de filme de super-herói de maior faturamento nos EUA.
No calendário de lançamentos pós “Vingadores 4”, já estão programados sete filmes. Muitos deles são continuações, porém, outros trazem ainda mais candidatos ao cargo de “vingador”, como a Capitã Marvel, cujo filme solo é programado para 2019. Há ainda rumores da entrada dos X-Men no MCU, após a compra da divisão de entretenimento da Fox pela Disney, também dona da Marvel.
Dentre tantas boas opções e tantos cases de sucesso, antever quem fará parte do “dream team” após “Vingadores 4” é quase impossível. Usando os resultados nas bilheterias e o hype rodeando alguns dos heróis mais recentes, percebe-se que Pantera Negra e Homem-Aranha despontam dos demais. Entretanto, nada é certo, nem sequer a saída dos atores que já estão publicamente dando adeus a seus personagens nas redes sociais. O próprio Robert Downey Jr., que já premeditou o fim de sua participação mais de uma vez, está – até segundo ordem – dentro dos planos futuros para os Vingadores.
A Disney (dona dos direitos de toda a franquia) tem um problema invejável em suas mãos. O assento à mesa dos Vingadores sempre foi rotativo nos quadrinhos – domínio original de todo super-heroísmo visto em cena – e hoje, sobram bons candidatos para a próxima geração de estrelas no Universo Cinematográfico da Marvel. A única certeza que se pode ter, afinal, é que após “Vingadores 4” o MCU manterá seu curso em busca do próximo marco histórico no cinema de entretenimento.
Thanos e as possíveis referências em Guerra Infinita
Veja os quadrinhos que compõem o arco da história de Vingadores: Guerra Infinita
Por Rildon Oliveira
Depois de 6 anos, pois foi em 2012 que vislumbramos o arquiteto de todo o mal cósmico pela primeira vez, tendo tido mais duas aparições em filmes do Universo Cinematográfico da Marvel, finalmente iremos ver em ação o Titã Louco, Thanos! Mas quem é esse personagem? Quais as suas motivações? E onde podemos encontrar as a força motriz que rege a vida desse amante da Morte?
Thanos é um personagem de quadrinhos, criado pelo estadunidense Jim Starlin, roteirista, desenhista e criador de outros personagens como Dreadstar, Drax e Adan Warlock. A primeira aparição de Thanos ocorreu na HQ do Homem de Ferro N° 55, publicada em fevereiro de 1973.
Para conhecermos mais do personagem, é necessário saber um pouco de sua origem e da origem de seu povo. Thanos é um Eterno, um povo que evoluiu diretamente de uma raça antiga de humanos, quando os enigmáticos seres conhecidos como Celestiais, fizeram experimentos e assim geraram duas raças, os desfigurados e monstruosos Deviantes e os Eternos, com feições belas e mais próximas da humanidade.
Séculos depois, um grupo de Eternos estabeleceu morada em uma das luas de Saturno, Titã. Foi neste novo lar de um povo evoluído, que nasceu Thanos, filho de A´Lars, também conhecido pelo povo de Titã por Mentor. Mas o pequeno Thanos nascerá com uma deformidade física, pois ele em nada se parecia com os membros de sua sociedade. Suas feições físicas era similares aos dos temíveis Deviantes, o que fez com que a própria mãe, tentasse mata-lo ainda bebe e o transformou em uma pária na sociedade estabelecida.
O jovem Titã cresce e se torna cada vez mais ganancioso, pois o mesmo busca o poder. Mas esta dadiva que ele procura, é única e exclusivamente para suprir um desejo de seu coração e conquistar o amor de uma eterna paixão, ele quer despojar espólios terríveis aos pés de sua amada, afinal, ela é a morte.
Alguns desses momentos, podem servir de inspiração para o filme dirigido pelos irmãos Russos, que está para estrear em todos os cinemas do pais. Então que tal conhecermos algumas HQs que possam ter servido de base inspiracional para Vingadores: Guerra Infinita.
A Saga de Thanos
A Editora Abril, que detinha o direito de publicação dos personagens da Marvel, fez um copilado contento várias histórias do personagem e intitulou de a Saga de Thanos, agrupando assim vários historias em uma maxissérie em 5 edições. Nela vemos a origem do Titã, o embate com seu pai, Mentor, que pede a ajuda de Kronos para poder criar um ser que possa bater de frente com Thanos, e esse ser é alguém bastante conhecido, Drax o destruidor. Nestas historias, Thanos, ao conquistar a vitória em cima de Drax e todo o povo de Titã, resolve presentear sua amada, A Morte, com todos os seres viventes no planeta terra, para que ele consiga atingir este objetivo, ele precisa tomar pose do Cubo Cósmico, arma fundamental para que ele consiga sucesso em sua empreitada. Ali, o Capitão Marvel, Drax, Serpente da Lua e os Vingadores, são a principal defensiva para deter os planos do sanguinário déspota. Muita dessa trama, de Thanos indo a Terra, pode ser visto no filme que se aproxima, gerando várias cenas de ação e deixando arcos em abertos para possíveis outros filmes.
Thanos em Busca de Poder
Uma história escrita por Statlin, que originalmente seria uma HQ do Surfista Prateado, e não teria tanto peso, acabou se tornando a epifania do Titã Louco sobre como conquistar, de forma mais rápida e definitiva, o maior anseio de seu coração. A busca e a conquista pelas Joias do Poder começa aqui, e culminará em muitas outras sagas.
A trilogia do infinito É inevitável não pensar na trilogia galáctica mais famosa da Casa das Ideias quando vemos o título do novo filme da Marvel. Essa Saga foi dividida em três partes:
Desafio do infinito
Uma HQ cheia de questões filosóficas, onde Thanos jura amor eterno e promete à sua amada, a Morte, coletar todas as Joias do Infinito para orquestrar o mais funesto dos planos: dizimar metade da população universal. Acredito que a trama do filme irá se guiar bastante pela primeira série, roteirizada por Jim Starlin e com os desenhos de George Perez e Ron Lim, um épico cheio de momentos de grande importância, amor e, claro, morte.
Guerra Infinita
Podemos ver alguns dos trechos que poderão ser aproveitados no fim de “Vingadores – Guerra Infinita”, que devem ser linkados na segunda série da trilogia do infinito. Quem sabe com a introdução do personagem Adam Warlock, já que foram deixadas pequenas pistas sobre sua existência nos filmes anteriores.
Nesta segunda parte, Adam toma para si a Manopla do Infinito e, para que não se torne um novo louco e obcecado por poder, ele expurgar de si seus lados bom e o cruel. O plano acaba criando mais problemas que soluções, pois duas novas entidades são criadas no processo, A Deusa, o lado bondoso de Adam, e Magus, sua contraparte maquiavélica.
Quem sabe veremos alguns trechos, para que a Marvel tenha pano de costura para trabalhar em suas próximas obras; um futuro para movimentar o universo Marvel nos cinemas.
Cruzada Infinita
Após a morte de Magus, restou apenas a contraparte boa de Adam, a Deusa, que resolve, de uma maneira diferente, atacar os heróis que lutaram contra ela. Ela recruta só personagens que possuam fé nos ideais Dela, para eliminar tudo aquilo que acredita ser mal e ruim. Esse fechamento da trilogia, já acho mais complicado termos já neste filme. Mas quem sabe a Marvel precisa deixar ganchos narrativos para suas próximas aventuras cinematográficas?
Outras HQs podem servir de material para construção de narrativa para o Titã louco, seguem algumas delas:
A Ascensão de Thanos
Com os roteiros de Jason Aaron (Escalpo, Thor, Justiceiro Max) e a as artes de Simone Bianchi (Wolverine, X-Men) e Riccardo Pieruccini, a HQ mostra bastante da juventude de Thanos, sua relação com seu pai e um pouco com seu irmão Eros, e a descoberta de seu “amor doentio”. A construção de quem será o Titã Louco e suas escolhas terríveis são apresentadas na história, culminando com um momento terrível do personagem. Roteiros competentes de Aaron podem servir para mostrar para o telespectador quem é Thanos, suas escolhas e do que ele é capaz.
Abismo Infinito
Publicada em 2002, não acredito que será usado como mote nos cinemas, mas é bem bacana conhecer mais dos personagens cósmicos da Marvel. Essa HQ, no entanto, possui alguns personagens que estarão no filme dos Vingadores – caso de Thanos, Homem-Aranha (que não deveria estar lá, mas é o famoso, fazer o que, né?), Dr. Estranho, Adam Warlock, Gamorra, Capitão Marvel (Genis Vell), Serpente da Lua, e um personagem que pode dar as caras no filme: Pip, o Troll. A história dá continuidade à Trilogia do Infinito e tenta mostrar o Titã como alguém que busca redenção.
Infinito
Escrita por Jonathan Hickman, e trazendo duas plots que ocorrem simultaneamente, a história mostra Thanos em busca de seu filho, que está em missão similar à do pai, envolvendo morte e conquista. Na outra trama paralela, temos os seres conhecidos como “Os Construtores”, uma raça antiga que está destruindo vários planetas em um processo de higienização do universo para criar um novo status quo. Acontece que eles estão indo direto para a Terra, mesmo local para onde o filho do Titã louco está indo.
Essa com certeza, pode ser vir a ser inspiração para filmes futuros do Universo Cinematográfico Marvel. Mas será que veremos algum vislumbre dos filhos de Thanos ainda neste filme?
Nova trilogia de Thanos por Jim Starlin
Recentemente, tivemos uma nova trilogia roteirizada e, em alguns momentos, contendo ilustrações do criador de Thanos, Jim Starlin.
Thanos: Revelação Infinita
Thanos: Relatividade Infinita
Thanos: Final Infinito
A narrativa aborda um Thanos já bastante estabelecido no universo Marvel. Ou seja, para ser usada nos plots cinematográficos seria necessária uma estrada pavimentada do personagem. Vemos um Thanos em busca de quem ele é. Herói ou vilão? Seria uma excelente forma de expandir o personagem e brincar com conceitos dúbios em películas futuras.
Bom, essa foi uma “pequena” lista de materiais do mundo da Nona Arte que pode ser utilizada pela Sétima Arte para consolidar o universo cósmico da Marvel nos cinemas. Torço que quando o Thanos chegar ao nosso Planeta, que ele utilize um veículo tão estilo, como em sua versão quadrinista, e que tenha seu nome escrito nele.
E que ele seja finalizado de forma épica e definitiva, como aconteceu nos quadrinhos também.
Piadas à parte, vamos todos ao cinema finalmente ver o que Thanos, vestindo sua regata de praia, irá fazer contra os "Maiores Heróis da Terra".
Tão forte e tão perto
O fim da epopeia cósmica da Marvel
Por Gabriel Amora
Não é todo dia que podemos ter o prazer de conferir uma união como essa nos cinemas. Guerra Infinita serve como o ápice do gênero de super-herói. A obra representa um meio de reverter à situação exaustiva do gênero, que, nos últimos anos, tem oferecido mais defeitos que qualidades. Convenhamos, com cinco, seis ou sete filmes de heróis por ano, as virtudes, obviamente, vão caindo. O formato, assim como foi como gênero noir e faroeste, está ficando cansado. Guerra Infinita, nesse sentido, se destaca por sua originalidade, por seu escopo e capacidade de trabalhar com tamanha paciência.
O filme marca o fim de um universo construído e consolidado nos últimos dez anos. É claro que Os Vingadores vão continuar. Não é o fim de tudo, mas o fim de uma era. Esse filme marca o ápice do blockbuster. É a energia máxima que um filme herói pode exigir. Para isso, ele une todos os heróis contra Thanos, o Titã Louco, que promete exterminar o que encontrar pela frente. Cabem aos heróis derrotá-lo antes da promessa da destruição. Sinopse simples, enredo comum? Sim.
A originalidade, no caso, se concentra na união dos personagens, incluindo aqueles que nunca se encontraram, como os Guardiões da Galáxia e Pantera Negra, Hulk e Doutor Estranho, Homem Formiga e Thor e por aí vai. Vai ser uma bagunça só. Esse encontro simboliza os dez anos que a Marvel Studios pacientemente construiu nos últimos dez anos. Caminho das pedras que, por sinal, a Dc não seguiu quando fez o terrível Liga da Justiça e medíocre Esquadrão Suicida.
A epopeia finaliza com a presença de Josh Brolin como vilão. O titã de origem desconhecida está em busca das joias do infinito, peças destrutivas que, quando estão juntas, conseguem aniquilar toda a vida do universo em um estalar de dedos. O antagonista já tinha sido introduzido anteriormente em suas participações nos longas Guardiões da Galáxia e na cena pós-crédito assustadora de Vingadores: Era de Ultron. Lembram-se da única frase que ele diz? Já as joias tiveram mais presença em tela. Desde o primeiro filme do Capitão América, o conceito foi apresentado. De lá para cá, cinco joias surgiram durante os 18 filmes. No entanto, segundo os personagens mais sábios do universo Marvel, como o Colecionador, vivido por Benicio del Toro e Wong, interpretado por Benedict Wong, são seis gemas. Falta uma.
A desaparecida será o grande MacGuffin (termo cinematográfico que representa um objeto que todos estão atrás) de Guerra Infinita. Será que os heróis vão descobrir antes do Thanos ou vão justamente atrás da peça que ninguém, nem mesmos os fãs, sabem onde está? Dia 26 está tão perto, mas não parece.