Ocupar Fortaleza

 

Nas ruas, shoppings, avenidas e praças é exercer a cidadania. Por isso, a reforma de espaços pelo ente público deve ser um convite para o fortalezense conhecer mais de perto a Capital onde  mora. E o lazer deve estar acessível a todos.

As Areninhas foram uma forma de levar a diversão e o esporte à periferia. Histórias de sonhos assim são encontradas neste caderno. O menino conta que deseja jogar no Real Madrid ou Chelsea. Quem sabe o sonho não vire realidade? No Campo do América, mesmo debaixo de chuva, a bola continua a rolar. São crianças e jovens ocupando a cidade com alegria.

É ainda uma forma de se distanciar da violência. No contraturno escolar, as aulas de futebol e, em outros bairros, de surfe, capoeira, entre outras práticas, ajudam na formação quando a disciplina e o respeito são aprendidos por meio do esporte. Também quando o aluno se afasta do que pode levá-lo a caminhos tortos. Para se ter ideia do impacto apenas da construção de Areninhas, são 190 horários destinados para o trabalho de projetos sociais nos 22 espaços inaugurados, alcançando 6.441 habitantes.

Nas regiões onde são levados novos equipamentos ou formas de cultura e lazer, os espaços públicos passam por ressignificações. A Ciclofaixa de Lazer, inaugurada em 2014, é exemplo e já está marcada na agenda da Capital. São ciclistas ocupando as ruas da Cidade. Cerca de 4 mil participantes por edição.

A cada bairro que passam, um olhar diferente. Muitos, que podem estar acostumados a andar de carro ou de ônibus, começam a ver Fortaleza em cima de duas rodas. Acabam se colocando como o ciclista que viam nas ruas. Há uma relação de empatia. A atividade vai além do lazer, é qualidade de vida.

Nesse contexto de melhorar o ambiente em que se vive, a iniciativa privada pode entrar e ajudar a fazer a diferença, por meio das Operações Urbanas Consorciadas (OUCs). Um exemplo foi o que o Grupo JCPM, que construiu o shopping RioMar Fortaleza, no Papicu.

Em parceria com a Prefeitura de Fortaleza, proporcionou a intervenção da Lagoa do Papicu. Com dinheiro privado, foram investidos R$ 40 milhões na requalificação da estrutura viária do bairro. Foram mudanças na infraestrutura que impactaram também no lado social. O RioMar Fortaleza trabalhou na capacitação dos moradores da região e empregou muitos deles.

Quando o lazer e a qualidade de vida são gerados por público, privado e sociedade, tudo flui melhor.

Resgate social por meio do lazer

A construção das Areninhas em todos os pontos da Cidade tem proporcionado à juventude oportunidade de lazer, prática esportiva e relação social

No Campo do América, o esporte serve de desenvolvimento social

Um campo e uma bola. A construção das Areninhas, com maior ênfase na periferia da Capital, tem ajudado no resgate social. Em meio ao crescimento da violência de todas as capitais brasileiras, o incentivo ao esporte e à ocupação dos espaços públicos é uma alternativa, também, de combate à insegurança.

Caleb Silva, 13, um dos participantes do projeto Atleta Cidadão, no Campo do América, conta que não é apenas diversão as atividades na Areninha, mas projeto de futuro como atleta. “Quero jogar bola nos times do Real Madrid, Chelsea”, sonha. Caleb é colega de projeto do Samuel Sousa, 10, que tem o mesmo sonho. Jogando com disciplina na lateral direita, o pequeno projeta um futuro diferente dos que não têm oportunidades.

“Meu pai que me trouxe. Eu gosto mais dos treinos e os coletivos”, diz.
Vitor Célio, professor do núcleo, explica que o projeto surgiu junto com a concepção das Areninhas para ocupar o tempo da juventude ociosa das zonas mais vulneráveis da Cidade. “O programa também tem surfe, futsal, lutas e futebol. Todas as crianças são da região. O principal objetivo é cidadania, o esporte como ferramenta de inclusão, porque a gente sabe que criança e adolescente sem fazer a mente fica vazia”, ressalta.

Para o secretário de Esporte, Carlos Dutra, as Areninhas vão além do incentivo ao esporte e ao lazer. O projeto estabelece uma política de participação social que envolve as comunidades e seus territórios. “Quando a Prefeitura de Fortaleza buscou melhorar a infraestrutura dos campos de futebol e dos locais onde eles estão instalados, criou uma sensação de pertencimento social, proporcionando uma relação de zelo entre o usuário e o equipamento. Esse fator, juntamente com o empoderamento dado aos cidadãos por meio do Conselho Gestor Comunitário, revelou a volta do orgulho em morar em bairros antes estigmatizados apenas pela violência e pela pobreza”, revela.

Dutra destaca que já se percebe, com a instalação dos equipamentos, no entorno das regiões revitalizadas, a criação de comércios locais. “Antes da instalação das Areninhas, os espaços não eram ocupados e muitas vezes geravam uma sensação de insegurança, o que não ocorre agora com o número de pessoas que passaram a utilizar as Areninhas. Ao todo, 442 jogos são realizados por semana, contemplando diretamente 33.703 cidadãos neste período”, diz.

Além da melhoria na infraestrutura com a instalação de gramado sintético, banco de reservas, arquibancadas, depósito para materiais esportivos, sala de administração, bebedouro, rede de proteção, alambrado, vestiário, rampa de acesso, piso podotátil, pavimentação, paisagismo e iluminação em LED, os novos campos recebem também programas sociais, como o Atleta Cidadão, e ações desenvolvidas pela comunidade.

 

_Por semana, 190 horários são destinados para o trabalho de projetos sociais nas 22 Areninhas inauguradas na Capital, beneficiando diretamente 6.441 cidadãos. O número equivale a aproximadamente 20% de todo o público contemplado pelo equipamento. Cada Areninha conta com dois núcleos de futebol do Atleta Cidadão, onde jovens e crianças praticam a modalidade com acompanhamento especializado durante três dias na semana, em horários complementares ao turno escolar.

Ocupar para transformar

Como as operações urbanas consorciadas têm ocupado os espaços e transformado as comunidades

Lucas Rocha, 24, conseguiu emprego no RioMar Fortaleza

Instrumentos de transformação dos espaços públicos e de melhoria da qualidade de vida de comunidades são as Operações Urbanas Consorciadas (OUCs). Um exemplo é a intervenção da Lagoa do Papicu, executada em 2011 em conjunto com o RioMar Fortaleza. O centro comercial investiu R$ 40 milhões na requalificação da estrutura viária do bairro. Além das mudanças físicas, a parceria gerou também ações sociais.

Com a chegada do shopping, o Instituto João Carlos Paes Mendonça de Compromisso Social (IJCPM) foi criado. A partir dele, cerca de mil moradores do entorno foram capacitados para elevar o potencial de contratação das obras do empreendimento. Oficinas de português, matemática, informática, inglês e empregabilidade foram ofertadas a estudantes ou egressos do ensino médio público. Além dessas, há ainda cursos do Programa de Qualificação para o Varejo, também no local.

E foi a partir de um desses que Lucas Rocha, 24, teve sua primeira oportunidade profissional com carteira assinada. Enquanto o shopping ainda estava em construção, ele pôde ter a formação em auxiliar de faturamento. Para o jovem, o curso, que durou cerca de três meses, ajudou na questão da ética e valores de como se portar em uma empresa.

Ao término das aulas, Lucas foi aproveitado pela administração do RioMar Fortaleza, iniciando uma carreira profissional. “Várias pessoas participaram do processo seletivo, e as que se destacaram foram chamadas. Mas mesmo aqueles que não passaram, posteriormente acabaram sendo chamados”, relembra.

Na auditoria, primeiro posto ocupado, ele trabalhou durante um ano, quando surgiu uma vaga auxiliar administrativo financeiro. “Como estava cursando Ciências Contábeis, me candidatei, passei e é onde estou há dois anos”, conta.

Para Lucas, o fato de o shopping priorizar moradores do entorno, dando a oportunidade do primeiro emprego e sem focar na falta de experiências, foi um dos diferenciais. “Na época não via muitas oportunidades. Antes trabalhei avulso e não tinha garantia nenhuma. Já tinha entregado currículo em outros cantos e o shopping foi o que me abriu as portas”, confessa.

A requalificação dos espaços

Recuperação da Lagoa do Papicu

Mais do que o compromisso social, a requalificação dos espaços urbanos também é uma meta nas Operações Urbanas Consorciadas (OUCs). Na região da Lagoa do Papicu ainda foi possível a construção de equipamentos urbanos compatíveis, de área verde, localizados no imóvel do  empreendimento como a recuperação do entorno da lagoa, abertura de duas vias e a implantação de uma nova praça.

Houve também a execução de obras de micro e macro drenagem, melhoria dos sistemas de distribuição de água e de coleta de esgoto e de lixo e o plantio de 2.500 árvores. Todas as contrapartidas deverão ser mantidas, sob responsabilidade dos investidores privados, pelo período de dez anos. No geral, moradores dos bairros Papicu, Cocó, De Lourdes, Praia do Futuro e Cidade 2000 foram beneficiados com parcerias.

Segundo a secretária Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente, Águeda Muniz, as OUCs  ‘ fomentam o desenvolvimento de uma política urbana que articula as ações institucionais no âmbito municipal, integrando planejamento, investimento e gestão de recursos, dentro de uma perspectiva democrática, participativa e transformadora. “Hoje, Fortaleza é a capital brasileira com o maior número de Operações Urbanas Consorciadas, resultando em maior qualidade de vida, maior uso dos espaços públicos, reestruturações urbanas, desenvolvimento econômico e social para a população”, ressalta.

 

_Previstas na Constituição Federal e regulamentadas no Estatuto da Cidade (Lei N. 10.257/2001), nas Operações Urbanas Consorciadas o poder público direciona as políticas urbanas e a iniciativa privada entra com os recursos técnicos e financeiros, promovendo as transformações urbanísticas, ambientais e sociais em áreas urbanas degradadas ou subutilizadas.

Sete são as OUCs vigentes na Capital, sendo quatro as que estão andamento: Riacho Maceió, Lagoa do Papicu, Sítio Tunga e Osório de Paiva. As áreas foram definidas a partir de critérios do interesse público e da motivação ao setor privado para investimentos. Conta como critério a relevância das intervenções de impactos sociais, ambientais, econômicos e de recuperação e requalificação urbanas e, em especial, a possibilidade de implantar projetos e planos urbanísticos previstos no Plano Fortaleza 2040.

Ciclofaixa de lazer e praças se consolidam

Inaugurada em 2014, a primeira edição da prática da locomoção na bicicleta como atividade esportiva ganha novo patamar. Praças também são ocupadas

Silena Franklin, 56, elogia a estrutura da Praça das Flores

A 176ª edição da Ciclofaixa de Lazer ligou os bairros São Gerardo, Montese e Cocó ao Passeio Público. Milhares de ciclistas ocuparam a Cidade.

Idealizada pela Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (SCSP), por meio do Plano de Ações Imediatas de Transporte e Trânsito de Fortaleza (Paitt), há quase quatro anos, a Ciclofaixa de Lazer se transformou em uma das agendas da Capital. São cerca de 4 mil participantes a cada edição.

Geralmente é oferecido aluguel de bicicletas e cuidados do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), além de acompanhamento de agentes da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) e da Guarda Municipal nos pontos de apoio aos ciclistas.

Em algumas edições, há parcerias. Em agosto do ano passado, alunos da rede estadual de ensino participaram de uma corrida escolar que integrou a programação do projeto “Ao Gosto do Aluno”, realizado pela Secretaria da Educação do Ceará (Seduc). O objetivo é estimular uma atividade física por parte dos moradores da Cidade e transformar as ruas revitalizadas da Capital em uma prática de lazer.

Outro espaço que tem se tornado referência na Capital para práticas esportivas e de saúde são as praças revitalizadas. Reinaugurada em 2016, a popularmente conhecida como Praça das Flores é cenário de caminhadas para moradores do entorno. Caminhando diariamente no local, às 6h, Silena Franklin, 56, elogia a estrutura do equipamento e diz se sentir segura com a grande quantidade de pessoas que frequenta o espaço e pela presença de policiamento.

“Caminho há mais de um ano desde que ela foi reformada. É muito agradável. Tem uma estrutura boa. Muita gente ocupa a praça e se utiliza desse espaço para atividade física”, conta a psicopedagoga.

A praça, de aproximadamente 22 mil m², foi equipada com nova iluminação, quiosques, banheiros públicos, quadra poliesportiva, banca de revista e boulevard, que liga a avenida Padre Antônio Tomás à rua Eduardo Garcia.

Os 34 boxes para venda de flores serão padronizados e entregues aos concessionários que já trabalhavam nos pontos. Silena também ressalta os dias de academia ao ar livre organizado pela empresa que adotou a praça. O grupo BSPAR é quem faz a manutenção.

Fortaleza conectada

Além de oferecer lazer gratuito para a população fortalezense, o serviço pago pela iniciativa privada estimula a economia local

Praia de Iracema equipada com Wi-fi

Transformar uma cidade turística mais atraente para quem mora e quem vem visitar é uma das causas que motivaram a instalação de uma rede de Wi-Fi na orla marítima de Fortaleza. A ideia inicial, que tem parceria com a iniciativa privada, é propagar as imagens da Praia de Iracema para fora da Cidade, e, quem sabe, do País, através da rede mundial de computadores.

A afirmação é do diretor-presidente do Instituto Iracema, Davi Gomes. “É um benefício para a população acessar internet em uma área de lazer. O intuito é divulgar a Praia de Iracema marcando com a hashtag”, diz.

O projeto foi instalado no fim do mês passado e tem velocidade de até 72 MegaBytes. O serviço, lançado pela Prefeitura de Fortaleza é uma parceria público-privada (PPP) com a empresa de tecnologia Mob Telecom.

O diretor ressalta que a implementação do projeto na Praia de Iracema é apenas um piloto, mas que deverá se estender por diversos pontos da Capital, como praças e parques, dependendo das novas parcerias. “Vai ter uma PMI (Procedimento de Manifestação de Interesse) em que empresas podem se inscrever para aderir em vários pontos da Cidade”, projeta Gomes.

O diretor ressalta, ainda, que é um estímulo à economia, já que, com a internet livre, os negócios podem utilizar da rede liberada. O investimento do projeto modelo é de R$ 1,5 milhão para os cofres privados, segundo o instituto.

No dia do evento de inauguração do serviço, o prefeito Roberto Cláudio (PDT), prometeu trabalhar para expandir o sinal para novos vértices da Cidade. “Esta é uma primeira ação, mas são diferentes modelos de arranjos público-privados para levar Wi-Fi para espaços da Capital. Já temos em terminais e, até julho, vamos expandir para todos os ônibus. Mas a ideia é levar conexão para 200 praças”, projetou o gestor.

 

_Como acessar
Para usar a rede, não será necessário ter 3G e nem preencher formulário. A velocidade da internet será de até 72 megas, com acesso rápido e seguro, segundo a empresa que vai prestar o serviço. Basta procurar a rede livre “Wifor”.

Indutores do lazer

O fortalecimento do Carnaval e investimentos em atividades do calendário local impulsionam a diversão de fortalezenses e turistas que visitam a Cidade

Aniversário de Fortaleza dos 291 anos teve show do Fagner

O fortalecimento do calendário típico local é uma das transformações pelas quais a Cidade tem passado nos últimos anos. O Carnaval de rua mais consolidado mantém a permanência dos fortalezenses na Capital no período festivo, além de atrair gente de fora.

Por meio dos editais públicos, é realizado o financiamento do tradicional Carnaval da avenida Domingos Olímpio, além das apresentações dos Blocos de Rua. A festa ainda foi fomentada em 14 polos oficiais, neste ano.

Os polos oficiais do Ciclo Carnavalesco 2018 são Aterrinho da Praia de Iracema, Benfica, Cidade 2000, Domingos Olímpio, Largo Luís Assunção, Mercado da Aerolândia, Mercado dos Peixes, Mercado dos Pinhões, Mercado Joaquim Távora, Mocinha, Monsenhor Tabosa, Passeio Público, Praça do Ferreira e Polo de Lazer Sargento Hermínio.

Neste ano, a festa ocorreu de 12 de janeiro a 13 de fevereiro, com Pré-Carnaval. Com o tema “Iracema Meu Amor”, a programação aconteceu em espaços públicos da Cidade, reunindo artistas locais e nacionais. Foram mais de 200 apresentações artísticas e 137 atrações, distribuídas por 14 polos oficiais ao longo de 32 dias de festa.

Além dos investimentos na consolidação da festa mais popular do Brasil, é possível encontrar na Cidade programação semanal, como o Festival de Comida Nordestina, promovido no Mercado Cultural dos Pinhões; o projeto Bom de Fortaleza, realizado aos sábados em praças das sete regionais; as feiras mensais do Mercado dos Pinhões (Afins de Vitrola, Mercado Coletivo, Mercado dos Quadrinhos e Mercado Criativo); ou as exposições do Centro Cultural Belchior, abertas ao público durante toda a semana.

E a festa junina é uma política pública que visa reconhecer não só um dos conjuntos do nosso patrimônio imaterial, mas também incrementar segmentos pujantes da economia criativa em Fortaleza.

 

PROGRAMAÇÃO

PARA O ANIVERSÁRIO DE FORTALEZA

Show musical

13/4/2018 no Aterrinho da Praia de Iracema, a partir das 17h.

Grupo Ghetto Roots; do Show “Para Cantar Fortaleza” com a Banda Geração Coca Cola (cantores Gabriel Aragão, Vitor Calíope, Luh Lívia, Camila Marieta, Paulo Porto, Ludmila Amaral e Adriano Uchôa); seguido do Tributo a Dominguinhos com Tarcísio Sardinha e Banda, Freitas Filho, Chambinho do Acordéon, Fausto Nilo, Amelinha,  Waldonys e Roberto Viana; apresentação do cantor Marcos Lessa; e fechando a programação sobe ao palco o cantor baiano Caetano Veloso.

Investimento no turismo

O equipamento ficará pronto já para o Réveillon 2019/2020

Croqui da roda-gigante pela Amuse-BR

A construção de uma roda-gigante, anunciada pela Prefeitura de Fortaleza, é uma das estratégias para tornar a Capital uma das paradas obrigatórias de turistas.

Inspirada na London Eye, da Inglaterra, a estrutura terá 100 metros de altura. Em termos de comparação, tem quase três vezes a altura do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. É quase 30 metros maior do que o elevador Lacerda, em Salvador, e também quase três vezes a altura da roda-gigante Itinerante que se vê em festivais. É previsto uso de energia limpa para que o funcionamento da atração se dê de forma autossuficiente e sustentável. Será o maior equipamento turístico do Brasil.

A previsão é que a roda-gigante tenha 24 cabines climatizadas com 30 metros quadrados cada uma. A Amuse-BR é a mesma empresa que venceu a construção do projeto de instalar um equipamento semelhante em São Paulo, no Parque do Ibirapuera, com 150 metros de altura.

Com objetivo de entrega para o Réveillon de 2019/2020, a roda-gigante será construída pela iniciativa privada. O estudo do projeto pela Amuse-BR custará R$ 2,98 milhões para a empresa. Já a construção, que será acionada ainda por meio de outro edital, tem previsão de R$ 120 milhões.

O equipamento, que deverá se instalar na altura do espigão da rua João Cordeiro, segundo o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), faz parte de um processo de revitalização da Praia de Iracema, que deverá receber outros benefícios também. O gestor municipal ressalta, ainda, que o projeto com a empresa privada tem o objetivo de conseguir atrair mais famílias e negócios ao local, ajudando a impulsionar a economia.

 

INTERVENÇÕES

NA ORLA

38 quiosques de serviços leves de comida e bebida

Três pavilhões de múltiplos usos

Uma casa do turista

Sete unidades de caramanchões

Duas pistas de cooper em pedra cariri com 2,6 km de extensão e três metros de largura

Nove passagens elevadas

Um anfiteatro

Um skate parque

Dez pátios de areia

Uma plataforma mirante

Quadras de hockey e vôlei

2,6 km de ciclovia em asfalto

66.704,38 m² de passeio e calçadas

13.373,40 m² de piso tátil

Espaços de convivência

Assentos

Fitness e playground

Emprego e capacitação

As possibilidades de geração de renda na Capital são fomentadas com capacitações, feiras, estímulo ao crédito facilitado

A feira de negócios é um estímulo à geração de renda

A concepção de cidade, além da relação histórica que o indivíduo tem de modo inabalável com aquele espaço, é o enraizamento da identidade na vizinhança. Nascer ou simplesmente chegar e ficar, adotar. Fortaleza, terra conhecida internacionalmente como acolhedora, também é espaço de desenvolvimento econômico e de oportunidades de emprego.

Do empreendedorismo sustentável à feira de negócios, há programas que geram oportunidades como forma de desenvolvimento do Município e criam condições de lazer para a população. A assessora técnica de Desenvolvimento Econômico de Fortaleza, Nayara Nágila, conta que o simples estabelecimento do horário de funcionamento para o comércio varejista foi suficiente para abrir portas.

No início deste mês, por exemplo, a Prefeitura de Fortaleza iniciou o processo de capacitação para os 124 empreendimentos habilitados para participar do Projeto Mulher Empreendedora. As aulas estão sendo ministradas na Casa de Economia Solidária (Ecosol) do Conjunto Ceará, na Sala do Empreendedor da Secretaria Regional IV e na Sala do Empreendedor do Vapt Vupt Antônio Bezerra.

“O Projeto Mulher empreendedora pretende criar e apoiar 100 novos empreendimentos. Ele necessariamente tem que ser gerido por mulheres que vão receber crédito a juros negativos de até R$ 15 mil”, explica Nayara Nágila. Haverá, ainda, acompanhamento técnico por um período de até 12 meses às empreendedoras.

Com o objetivo de estimular o potencial empreendedor dos pequenos artesãos locais, também é desenvolvido o Programa Feira de Pequenos Negócios de Fortaleza. A ação disponibiliza espaços para a realização de feiras e comercialização de produtos produzidos por pequenos empreendedores da Cidade. A intenção é apoiar unidades produtivas individuais e coletivas, auxiliando no aumento da produção e comercialização em diversos pontos de venda. Diante da crise econômica, o programa pretende contribuir para geração de emprego e renda familiar de pequenos empreendedores locais.

A assessora técnica da SDE explica que o estímulo a pequenos empreendedores também surge por meio das prestações de serviços e de acesso ao crédito. “Dentro da SDE temos um programa que já vem sendo executado desde 2014 que é o empreendedorismo sustentável. Ele presta serviços como a formalização do negócio, consultoria, e acesso ao crédito. Entregamos carrinhos de pipoca para ambulantes de baixa renda, por exemplo. O Programa Feira de Pequenos Negócios já movimentou cerca de R$ 3,9 milhões”, conta.

 

Oportunidades

_Canal do desenvolvimento econômico

_Programa Fortaleza competitiva

_Empreendedorismo sustentável

_Meu carrinho empreendedor

_Mulher empreendedora

_Feiras de pequenos negócios

_Prodefor e Parqfor

_Fortaleza Online

Confira edição digital

Especial comemora os 292 anos de Fortaleza