Uma festa em expansão

Chegando à quarta edição, o festival Maloca Dragão busca maior integração com a Praia de Iracema e se consolida como um dos maiores eventos culturais do Estado

A Maloca ajuda a fomentar o trabalho de artistas locais. Festival chega na quarta edição em 2017. (Foto: Allan Taissuke/ Divulgação)

Quando a primeira edição da Maloca Dragão chegou ao fim, em 2014, logo uma desconfiança se instalou entre quem havia aproveitado os dias de festival: será que foi um acontecimento pontual? O evento porém, continuou, cresceu em números e agora chega à quarta edição se consolidando como um dos principais acontecimentos culturais do Estado. A edição 2017 começa amanhã e reunirá mais de 130 atrações em seis dias de programação gratuita. Neste ano, a festa que nasceu para comemorar o aniversário do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura ocupará 24 espaços espalhados pela Praia de Iracema.

“Desde a primeira Maloca, a gente concebeu o festival a partir do elemento da multiplicidade de linguagens (artísticas), da multiplicidade de públicos e da questão da força da arte cearense. Esses pilares permanecem fortes na quarta edição”, aponta João Wilson Damasceno, diretor de Ação Cultural do Centro Dragão do Mar. Segundo o gestor, a “surpresa” em relação ao crescimento do evento nos últimos anos diz respeito à inclusão de espaços na Praia de Iracema.

“O evento saiu dos limites do Dragão do Mar. Esse conceito de expansão está inserido desde o ano passado, mas este ano continua mais forte”, aponta.

No primeiro ano, a verba destinada para a realização do evento foi de R$ 522 mil. Nesta edição, o montante será de R$ 700 mil. Já em relação ao público, o número também cresceu: em 2014, a festa reuniu 157 mil pessoas. Neste ano, a expectativa é de que supere os 300 mil frequentadores da edição 2016. A programação inclui shows, espetáculos de teatro, dança e circo, apresentações da cultura popular e literatura, intervenções e performances de arte urbana, feiras de moda, design e gastronomia.

Frequentador do evento nas edições passadas, o estudante de teatro Ícaro Eloi afirma que o festival se fortalece ano após ano justamente pela “maior inclusão de artistas da nossa terra” nas diferentes linguagens. “Maloca com certeza já faz parte do calendário de Fortaleza, desde a especulação de quem se apresentará à ansiedade gostosa pelos próprios shows, mostras e espetáculos”, afirma. Para ele, entretanto, a visibilidade que o evento adquiriu vem acompanhada do crescimento da insegurança. “O contraste fica por conta da falta de segurança dos locais dos shows, os conhecidos e recorrentes casos de violência. O medo de assalto nos faz pensar duas vezes antes de ir”, contrapõe.

O evento saiu dos limites do Dragão do Mar. Esse conceito de expansão está inserido desde o ano passado, mas este ano continua mais forte

João Wilson DamascenoDiretor de Ação Cultural do Centro Dragão do Mar

Com a ampliação da programação para além do Dragão do Mar, a relação do evento com o ambiente urbano deve se ampliar ainda mais nos trajetos do público entre os espaços. “O reordenamento do entorno do Dragão é uma busca diária nossa. Não é um objetivo pontualmente durante a Maloca, mas claro que na Maloca a gente aumenta esse reforço em relação à segurança”, aponta João Wilson. O diretor explica que hoje haverá reunião da direção do equipamento cultural com a coordenadoria Integrada de Planejamento Operacional (Copol), órgão do Governo do Estado. “É obrigação (do evento) garantir segurança necessária, ordenamento de trânsito, fiscalização de ambulante, posto médico avançado, bombeiro civil”, lista o gestor, apontando que amanhã o plano operacional será divulgado.

PORTO IRACEMA

Desde o início, a Maloca surgiu também como um canal para dar visibilidade aos projetos desenvolvidos dentro da Escola Porto Iracema das Artes, que faz parte do Instituto Dragão do Mar e oferece atividades formativas gratuitas a artistas locais. Este ano serão 11 atrações na Maloca dos laboratórios da Escola e, entre os músicos, se apresentarão Nayra Costa, Projeto Rivera, Erivan Produtos do Morro e Tocata Livre.

“A Maloca ajuda a aumentar o público que consome som autoral aqui em Fortaleza. Nos últimos anos, vem fomentando o mercado para os artistas daqui”, celebra Victor Caliope, vocalista da banda Projeto Rivera, que estreia no festival.

Ele celebra ainda a possibilidade de assistir gratuitamente a artistas nacionais que não costumam se apresentar por aqui. Os grupos As Bahias e a Cozinha Mineira e BaianaSystem, por exemplo, são convidados do evento em 2017. “São atrações fora do mainstream, que talvez não viessem para cá numa casa de show paga”, afirma Victor. Para ele, o desafio para o evento nos próximos anos continua sendo a garantia de permanência da conquista de cada nova edição. “A juventude de Fortaleza está aberta a viver a Maloca o ano inteiro”, elucida

Serviço

Maloca Dragão 2017

Quando: de amanhã, 25, até 30 de abril

Onde: Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e outros espaços da Praia de Iracema

Acesso gratuito

Mais de 130 atrações

A rapper Karol Conka sobe ao palco Draga Dragão no dia 28 às 22h. (Foto: Divulgação)

Firmando-se como um dos principais eventos de artes integradas do Estado, a Maloca Dragão 2017 chega à quarta edição com programação que se espalha por 24 espaços na Praia de Iracema. Para celebrar os 18 anos do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, o evento contará com mais de 130 atrações cearenses, nacionais e internacionais em seis dias de festa, que começa nesta terça-feira, 25.

Entre os artistas que se apresentarão estão a rapper Karol Conka (PR) e as bandas As Bahias e a Cozinha Mineira (SP), Tribo de Jah (MA) e BaianaSystem (BA). Sobem ainda ao palco a cearense Kátia Cilene com seu forró das antigas, Aldo Sena (PA) e a Guitarra Cearense, e o rock do grupo Cidadão Instigado.

Pela primeira vez, o festival traz também atrações internacionais. A cantora argentina La Yegros levará ao público uma mistura entre funk, dub, rap, cumbia e outros estilos dançantes. O evento receberá também o lançamento do primeiro álbum do projeto Praia Futuro, composto por Ilhan Ersahin (fundador do Nublu), Yuri Kalil e Fernando Catatau (ambos do Cidadão Instigado) e Dengue (Nação Zumbi). Dentro da programação de estreia da Maloca Eletrônica, o festival terá ainda as presenças internacionais dos DJs Ninad e Yage (Argentina) e Luca (Itália).

Além das apresentações musicais, a Maloca terá também espetáculos de teatro, dança e circo, cultura popular e literatura, além de intervenções e performances de arte urbana, feiras de moda, design e gastronomia. A diversidade de linguagens artísticas segue com a Mostra Cinema Documental: Fronteiras e Verdades, no Cinema do Dragão, de 26 a 29 de abril; e a exposição fotográfica O fotógrafo Chico Albuquerque, 100 anos, que abre o festival, no dia 25, às 19 horas, no Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC-CE).

 

Confira os destaques da programação

Videoclipes

Baiana System

Karol Conka

Tribo de Jah

Cidadão Instigado

Cólera

As Bahias e a Cozinha Mineira

O olhar de Chico

Para celebrar o centenário de Chico Albuquerque, o Museu de Arte Contemporãnea do Dragão do Mar recebe a maior mostra já realizada sobre o fotágrafo cearense

Em destaque, o autorretrato de Chico Albuquerque. (Fotos: Chico Albuquerque / Divulgação)

Há cem anos, em 25 de abril de 1917, nascia Chico Albuquerque, um dos grandes mestres da fotografia brasileira. Aos 15 anos, ao ajudar o pai em filmagens sobre a seca no Nordeste, começou a traçar a carreira no campo visual. Aos 25, já na empresa familiar Abafilm, fotografou as gravações de It´s all true, do cineasta Orson Welles. Depois vieram São Paulo, o Foto Cine Clube Bandeirante, os pescadores do Mucuripe e o pioneirismo na fotografia publicitária no País. Para homenageá-lo, será aberta hoje a exposição O fotógrafo Chico Albuquerque, 100 anos, maior mostra já realizada sobre a trajetória do cearense. Com curadoria de Patrícia Veloso, da Terra da Luz Editorial, e de Sergio Burgi, coordenador de fotografia do Instituto Moreira Salles, a exposição reúne cerca de 400 imagens no Museu de Arte Contemporânea do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e dá início à programação do festival Maloca Dragão.

Seguindo uma organização cronológica, são apresentados recortes da intensa carreira de Chico Albuquerque. O início como retratista, no estúdio da Abafilm, e as imagens do Cangaço abrem a exposição. Além da consagrada série sobre o Mucuripe, feita nos anos de 1952 e 1988, há também várias fotografias que serão exibidas pela primeira vez no Ceará. O material foi garimpado de um acervo de mais de 75 mil imagens, produzidas entre 1947 e 1975 em São Paulo, preservado na reserva técnica do Instituto Moreira Salles e passou por um delicado trabalho de restauração.

Parte da campanha publicitária do automóvel Simca Chambord, em 1960

Na mostra, será possível observar o primoroso domínio da luz, em estúdio e em ambientes externos, além da experimentação formal do fotógrafo. “Era absolutamente moderno, sempre acompanhando o seu tempo. Ele rompe os isolamentos, contraria qualquer crença de um Nordeste isolado. Faz um Mucuripe com profundo respeito à questão humana e com uma construção arrojada do ponto de vista estético, depois leva isso para fotografar arquitetura, para a publicidade. É um grande mestre da fotografia aplicada”, explica Sérgio Burgi.

A diversidade na atuação de Chico Albuquerque marca a exposição. A participação no Foto Cine Clube Bandeirantes, os retratos feitos no estúdio montado em São Paulo e as fotografias de publicidade, território em que foi pioneiro no Brasil, exibem a competência no domínio técnico e de linguagem. Entre as qualidades do fotógrafo, Patrícia Veloso destaca a versatilidade. A curadora, que conviveu mais de 15 anos com Seu Chico, como é chamado de forma carinhosa, e depois dedicou-se a pesquisar a obra após seu falecimento, em dezembro de 2000, diz que “ele teve a capacidade de trafegar com maestria por muitas áreas. Se expressou pelo retrato, na paisagem, entrelaçou olhares e se colocou em tudo com muito conhecimento e emoção”.

Uma das fotos da consagrada série Mucuripe

Outro destaque da mostra é a Sala dos Afetos, com objetos e fotografias pessoais. Um dos retratos presentes nesse espaço foi feito por Delfina Rocha. Para a fotógrafa, além de uma merecida homenagem, a exposição é também grande oportunidade para a nova geração conhecer a importância de Chico Albuquerque para a fotografia brasileira. Estagiária do estúdio na década de 1980, diz que a convivência com ele foi a sua grande escola. “Naquela época não tinha internet. Ele foi minha faculdade em fotografia de publicidade e moda. Nem se intitulava professor, mas ensinava muito deixando que observássemos ele trabalhar. Não dava nada de mão beijada e, ao mesmo tempo que era duro, era também muito brincalhão e generoso”, explica.

Para os que já apreciam a obra de Chico Albuquerque, a exposição será reencontro e celebração. Para os que ainda não haviam atentado para a relevância do mestre, será um abraço novo e a possibilidade de percorrer um caminho de descobertas sobre a luz.

O fotógrafo Chico Albuquerque, 100 anos

Quando: Abertura hoje, 25, às 19 horas. Em cartaz até 2 de julho
Onde: Museu de Arte Contemporânea do Dragão do Mar
Entrada franca. 

Maloca Dragão recebe debate do Fórum Brasileiro de Direitos Culturais

Programação inaugura série de debates sobre políticas públicas culturais que deverá ocorrer em todas as edições do festival

Eduardo Saron ( Foto: Igor Grazianno)

Dentro da programação do Maloca Dragão, o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura recebeu nesta terça-feira, 25, o Fórum Brasileiro de Direitos Culturais. O encontro reuniu cerca de 100 gestores de instituições culturais e agentes de cultura de todo o país com objetivo de formar uma agenda comum de interesses ligados à políticas públicas culturais.

O presidente do Itaú Cultural, Eduardo Saron, disse que o evento destaca a importância da cultura enquanto política pública e abre um entendimento comum sobre os temas culturais. “É um grande avanço que comecemos a construir uma agenda comum, que conheçamos a realidade dos mais variados segmentos culturais e transformemos esses diálogos em propostas de políticas públicas”, disse. Saron afirmou ainda que o Fórum está em contato direto com o Ministério da Cultura (MinC) para apresentar essas propostas e abrir o diálogo com o poder público

Temos aqui um grupo de pessoas de diversos segmentos culturais e acreditamos ter trazido um debate amplo

Eduardo SaronPresidente do Itaú Cultural

De acordo com Saron, os encontros do Fórum ajudam a pluralizar os debates e trazem uma multiplicidade de representação cultural. “Nós não temos a capacidade de representar a totalidade da cultura, mas temos aqui um grupo de pessoas de diversos segmentos culturais e acreditamos ter trazido um debate amplo que nos dará boas perspectivas em termos de fomento de políticas públicas”, afirmou.

O diretor de Ação Cultural do Centro Dragão do Mar, João Wilson Damasceno, disse que receber o Fórum Brasileiro de Direitos Culturais este ano é uma forma de inaugurar um espaço para debate de políticas públicas culturais que deverá ocorrer em todas as edições do Maloca Dragão. “É importante que tenhamos esse debate para que se descentralize os debates da cultura do eixo Rio - São Paulo e viabilize a nós parcerias e investimentos”, finalizou.

Cinema do Dragão terá mostra documental

O Festival Maloca Dragão 2017 começa nesta terça-feira com uma programação que reúne música, dança, teatro, literatura e cinema. No dia 26, o Cinema do Dragão inicia a mostra Cinema Documental: Fronteiras e Verdades dentro da programação do festival. A mostra vai até o dia 29 de abril e o acesso é gratuito.

A programação terá ainda discussões sobre o gênero documentário brasileiro a partir da obra inacabada de Orson Welles. O cineasta esteve no Brasil para a produção do fragmento “Quatro homens e uma jangada”, o mais famoso de É Tudo Verdade (It’s All True). A série foi revelada ao mundo apenas em 1995. O cineasta norte-americano faleceu 10 anos antes.

O filme, que reconstrói a viagem dos jangadeiros Manuel Jacaré, Mestre Jerônimo, Tatá e Manuel Preto de Fortaleza ao Rio de Janeiro, foi filmado no litoral cearense. O contexto serve como tema para esta edição do festival: It’s All True, Orson Welles – 100 anos de Chico Albuquerque.

Vidas da Orla

Além de filmes como Baronesa, de Juliana Marques, Soy Cuba, de Mikhail Kalatove, e o próprio It’s All True, a mostra apresenta ainda a série Vidas da Orla, dirigida pelo antropólogo e professor Alexandre Fleming. O material foi produzido pela TVC em parceria com o Instituto Dragão do Mar e o Laboratório de Estudos da Oralidade da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Vidas da Orla abarca a Barra do Ceará, o Poço da Draga e a Beira-Mar, territórios emblemáticos da Capital. Três filmes de 26 minutos compõem a série. São eles: Marco Zero (sobre a Barra do Ceará), Dia de Vo(l)tar (Poço da Draga) e Arte Itinerante (Beira-Mar).

Veja a programação

Quarta-feira (26/04) – 19h30min

Baronesa, dirigido por Juliana Antunes (Minas Gerais) / 75 min / 16 anos
Sinopse: Andreia quer se mudar. Leid espera pelo marido preso. Vizinhas em um bairro na periferia de Belo Horizonte, elas tentam se desviar dos perigos de uma guerra do tráfico e evitar as tragédias trazidas junto com a chuva.

Quinta-feira (27/04)

Soy Cuba, dirigido por Mikhail Kalatov (Rússia) / 143 min / 12 anos
Sinopse: O filme traça um perfil de um período de transição em Cuba, entre a derrubada do regime de Batista e a revolução comunista, a partir de quatro histórias diferentes. Maria, de Havana, fica envergonhada após seu pretendente descobrir como ela ganha a vida. O idoso camponês Pedro tem as terras onde cultivava vendidas para uma empresa. Um universitário vê seus amigos serem atacados pela polícia quando distribuíam panfletos a favor de Fidel Castro, enquanto uma família de camponeses é ameaçada pelas forças de Batista.

Sexta-feira (28/04)

Vidas da Orla, dirigida por Alexandre Fleming (Ceará) / 75 min / Livre
Informações gerais: A série é composta pelos curtas-metragens Marco Zero, Dia de Vo(l)tar e Arte Itinerante.

Sábado (29/04)

Exibição de It`s Al True (90 min), documentário baseado na obra inacabada de Orson Welles, seguido do seminário Edouard Luntz em Fortaleza e Canoa Quebrada: Fragmentos de Operação Tumulto, onde serão apresentados fragmentos do documentário homônimo que investiga a vinda do cineasta Edouard Luntz ao litoral cearense nos anos 60 para dirigir um filme que jamais seria lançado. O seminário será ministrado pelo professor e diretor Alexandre Fleming.

Sinopse de IT´S ALL TRUE: O documentário trata de uma obra não finalizada de Orson Welles. O filme abordaria a América do Sul e a parte descoberta era referente ao Brasil, em um episódio que se chamaria Jangadeiros.

Serviço

Mostra Cinema Documental: Fronteiras e Verdades
Quando: de 26 a 29 de abril de 2017
Onde: Cinema do Dragão (Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura)
Acesso gratuito

A Literatura da Maloca Dragão

Paginário de Leonardo Villa-Forte

A aguardada Maloca Dragão 2017 tem uma programação de Literatura recheada de boas atrações. Sarau, apresentações musicais, teatro e instalações são algumas das atividades previstas. Neste ano, a linguagem Literatura tem curadoria da arte-educadora e fanzineira  cearense Fernanda Meireles. A partir de sexta-feira, 28 de abril, acontece a tradicional Feira Índice, das 16h às 20 horas. Editoras independentes, pequenas livrarias, coletivos, escritoras e escritores serão reunidos na Arena Dragão do Mar. 

Em sua quarta edição – a terceira dentro da Maloca Dragão – a Feira Índice propõe-se como um espaço em que leitores, editores, livreiros e escritores se encontrem, movimentando o mercado independente e a literatura cearense. Já estão confirmados entre os expositores: Plebeu Gabinete de Leitura, Livraria Lamarca, Brechó Literário Rimbaud, Editora Substânsia, Zines do Jangurussu, Diyfusão, Palosinhas, Casa Vermelha, Netuno Press, Rodrigo Risografia, Zineteca de Fortaleza, Coletivo Fubá, Aparecidos Políticos, Luci Sacoleira, Coletivo Servilost, Seres Urbanos, Van Halen e Templo da Poesia.

Confira outras programações sobre literatura da Maloca Dragão 2017:

Sexta-feira, 28 de abril
17 horas
Pé de Palavra, com Samya Alencar, Anna K Lima, Flora Caroline Santos e Jéssica Gabrielle Lima – Instalação
Dependuradas, as palavras poderão ser arrancadas, consumidas, partilhadas, distribuídas, sentidas, destinadas a quem quer que seja a fim de que a finalidade se concretize: afetar.
Onde: Arena Dragão do Mar

18 horas
“SarauZona”, com Talles Azigon
Vai reunir diversos saraus espalhados por Fortaleza e Região Metropolitana.  O objetivo é fazer um grande encontro de saraus e poetas – com toda energia, liberdade e poesia possível apenas em um imenso Sarau.
Onde: Arena Dragão do Mar


Sábado, 29 de abril
15h30min
“Puxa! Era Uma Bruxa?”, de Rebeka Lúcio
Serão contadas histórias de personagens não tão maléficas quanto se costuma pensar.
Onde: Arena Dragão do Mar

17 horas
“Rodoró”, de Elisabete Pacheco
Através das narrativas, levará ao público um “rodoró” de histórias que mexe com o imaginário do ouvinte e envolve os participantes através do convite do narrador para emergir no giro de histórias ofertadas ao público.
Onde: Arena Dragão do Mar


Domingo, 30 de abril
17 horas
“Histórias de Heróis Negros”, de Edivaldo Batista
Espetáculo de narração voltado para o público infantil e realizado pelo ator e pesquisador Edivaldo Batista, com base nas narrativas mitológicas do herói africano.
Onde: Arena Dragão do Mar

18 horas
“Cativeiro”, de Paula Yemanjá
Narra situações limite onde os personagens tomam atitudes extremas para se libertar da situação de aprisionamento que estão sujeitos. A atuação é da atriz e contadora de história Paula Yemanjá com trilha sonora criada ao vivo pelo músico Moisés Filipe.
Onde: Arena Dragão do Mar

Leonardo Villa-Forte (Foto: Divulgação/Diana Sandes)

19 horas
“Paginário”, de Leonardo Villa-Forte
O deslocamento de páginas de livros para a rua questiona qual o lugar da leitura hoje. O “Paginário” coloca o espectador em contato com uma experiência de leitura não tradicional, uma experiência de leitura onde se insere a geografia, o trajeto diário, a vida comum. As pessoas são convidadas a levar cópias das páginas de seus livros favoritos.
Onde: Arena Dragão do Mar

Veja os horários de todas as atrações e programe-se

Dia 25 | Terça-feira:

19h – Abertura da exposição “O fotógrafo Chico Albuquerque, 100 anos”, Show “Quatro homens e uma jangada”, de Eric Barbosa e Intervenção “Jangadeiros”, de Rafael Limaverde (MAC-CE);

Dia 26 | Quarta-feira:

19h30 – Abertura da “Mostra Cinema Documental: Fronteiras e Verdades” com o filme “Baronesa” e debate com a diretora Juliana Antunes no Cinema do Dragão – Sala 2;

Dia 27 | Quinta-feira:

Abertura da programação de artes cênicas:

20h“Travessia”, do Stúdio de Dança Katiana Pena no Teatro Dragão do Mar, “Céu de Basquiat”, da Cia Márcio Cunha Dança Contemporânea no Teatro das Marias, “A Granja”, da Nóis de Teatro no Palco Rogaciano;

21h “Baldio”, do Pavilhão da Magnólia no Teatro Sesc, “Restos de si cavam janelas”, do grupo Comedores de Abacaxi no Porto Iracema – Sala Sidney Souto;

Dia 28 | Sexta-feira:

15h às 18h Brincando e Pintando no Dragão do Mar na Arena Dragão do Mar;

15h Oficina de Origami “Desdobre e dobre” na Arena Dragão do Mar;

16h Mágico Éflem na Arena Dragão do Mar, “Memória em Construção”, de Felipe Camilo – Lambe na Rua Tabajara – Tapumes do Acquário, Dub Foundation Sound System Buguinha Dub no Aterrinho – Praia dos Crush;

17h “Pé de Palavra”, com Samya Alencar, Anna K Lima, Flora Caroline Santos e Jéssica Gabrielle Lima – Instalação (Arena Dragão do Mar), CiaLaguz Circo (Arena Dragão do Mar), “Yemonja e a Princesa Negra”, de Edivaldo Batista (Rua), Zé Victor – Graffiti (Muro Av. Almirante Tamandaré);

18h Reisado Mestre Aldenir (Oca Maloca – Praça Almirante Saldanha), “SarauZona”, de Talles Azigon (Arena Dragão do Mar);

19h Fortal La Máfia (Palco Rogaciano), “Flor de Obsessão”, de Ricardo Guilherme (Teatro Sesc), Júnior Mendes – Instalação (Passarela do Dragão);

19h30 Tocata Livre (Anfiteatro);

19h45 Cassino 12, com lançamento do EP “Eu vim pra vencer” (Palco José Avelino);

20h Mad Monkees, com lançamento do álbum “Mad Monkees” (Palco Praça Verde), Nayra Costa, com pré-lançamento do álbum “Nayra Costa & Los Flenky’s Boys” (Palco Draga Dragão), “Ossos”, do Coletivo Angu (Teatro Dragão do Mar);

20h30 Isabel Gueixa (Palco Rogaciano);

21h Cabaré 1: “Raiz do Céu”, de Camila Pessoa “O Trapezista e o Dinossauro”, de Mauricio Rodrigues “Solamente”, de Alysson Lemos (Oca Maloca – Praça Almirante Saldanha), “Quintal”, da Companhia Lúdico Experimental (Teatro das Marias), “A Terceira Imagem do Rio”, do Coletivo Soul (Porto Iracema – Sala Sidney Souto);

21h15 Nego Gallo, com show “Baile do Gallo” (Palco José Avelino), Ghetto Roots, com o show, “GhettoRootsTraficandoPoesia” (Palco Draga Dragão);

21h30 Cidadão Instigado, com lançamento da turnê comemorativa de 20 anos (Palco Praça Verde);

22h Aldo Sena e a Guitarrada Cearense (Anfiteatro), “Ibirapema, o forró que eu faltei”, da Omì Cia de Dança (Teatro Sesc);

22h15 Karol Conka (Palco Draga Dragão);

23h Ivan Timbó, pré-lançamento do álbum (Oca Maloca – Praça Almirante Saldanha);

00h La Tabaquera (Amici’s);

Maloca Eletrônica (Órbita Bar) com 0h DJ Ninad (Antu Records/AEON Bookings) – ARG | 1h DJ Stereologic (Mind Tweakers/MUV) | 2h DJ Caious (Forest Spirit Records/ZIOHM) | 3h30 DJ Luca (GloOm Music/AEON Bookings) – ITA | 5h DJ Earthsapce (NanoRecords/NuACT) | 6h DJ Yage (Antu Records/AEON Bookings) – ARG 

 

Dia 29 | Sábado:

15h Brincando e Pintando no Dragão do Mar Oficina de Origami “Desdobre e Dobre” Oficina de Malabares (Arena Dragão do Mar);

15h30 “Puxa! Era Uma Bruxa?”, de Rebeka Lúcio (Arena Dragão do Mar);

17h “Rodoró”, de Elisabete Pacheco (Arena Dragão do Mar), “Praia das Almas”, da Cia Paracuru (Teatro Dragão do Mar);

18h Boi Paz no Mundo (Oca Maloca – Praça Almirante Saldanha), “Dança de Salão” (Arena Dragão do Mar), “Auto-matismos”, de Andréia Pires, Diego Salvador, Acauã Pessoa e Victor Macdowell (Teatro Sesc), “Na Colônia Penal”, do Cangaias Coletivo Teatral (Teatro das Marias), “O Imaginário Criador e sua Barata Mágica”, da Trupe Motim de Teatro (Rua) e Gabriel Silva – Graffiti (muro entorno do Dragão);

18h20 Subcelebs (Palco José Avelino);

19h Capitão Eu e Os Piratas Vingativos (Palco Draga Dragão), Aderiva (Palco Rogaciano), Lilt, com o show “Spacelapse” (Anfiteatro), “A Mancha Roxa”, do Grupo Imagens de Teatro (Porto Iracema), “Espezinhar”, de Artur Dória – Instalação-performance (Praça Almirante Saldanha), Batalha Hip Hop (Quadra – Praça Almirante Saldanha);

19h30 Women of Reggae (Praça Verde);

19h40 Sundogs, com o lançamento do disco “Solarística” (Palco José Avelino);

20h Cabaré 2: “Sem fio”, de Gabriela Jardim Mágico Jeffi “Clube de Babananas”, de Igor Cândido (Oca Maloca – Praça Almirante Saldanha), “Compilation”, da Cia Vatá (Teatro Dragão do Mar), “Transitórios”, da Cia Teatral Criando Arte (Teatro das Marias), “Quebrando o silêncio do medo”, de Dhanny Marinho – Instalação (percurso itinerante da Praça Verde ao Palco Draga Dragão), “Devorando Heróis – A Tragédia Segundo os Pícaros”,do Coletivo Os Pícaros Incorrigíveis (Rua) e “Ir por onde flor”, de Eden Loro – Graffiti e stencil (Av Almirante Saldanha – Tabajaras);

20h10 Projeto Rivera, com show “Eu vejo você” (Palco Draga Dragão);

20h20 Old Books Room, com lançamento do single “Bag of bones” (Palco Rogaciano);

20h45 Missão Miranda (Praça Verde);

21h Maquinas (Anfiteatro), “Entre contenções” “Como superar o grande cansaço?”, de Eduardo Fukushima (Teatro Sesc) e Lavage, lançamento do álbum “Zombie Walk” (Palco José Avelino);

21h20 As Bahias e a Cozinha Mineira, com o show “As Bahias e a Cozinha Mineira Etc & Tal” (Palco Draga Dragão);

21h50 Tribo de Jah, com o show “Confissões de um velho regueiro – Tribo de Jah 30 anos” (Palco Praça Verde); Nafandus, com o lançamento do álbum “Unbreakble” (Palco Rogaciano);

22h Naviguer (Oca Maloca – Praça Almirante Saldanha), “Canoa em Cores”, de Ricardo Keferaus – Graffiti (Espaço Biruta)

22h30 Cólera (Palco José Avelino);

22h40 La Yegros, com o show “#SraChicheraTour” (Palco Draga Dragão);

00h Grupo Cambará (Palco Nublu), Borogodó (Pirata) e Lascaux (Mambembe);

01h Lançamento do disco Praia Futuro (Palco Nublu), Jam Session de Dança – Curso Técnico de Dança do Porto Iracema das (Estoril);

01h15 Juruviara (Pirata), New Model, com o lançamento do EP “Tropical Technology” (Mambembe);

 

Dia 30 | Domingo:

15h Brincando e Pintando no Dragão do Mar Oficina de Origami “Desdobre e dobre” (Arena Dragão do Mar);

15h30 Oficina de Malabares (Praça Verde), “Cara de viado”, de Marcio Peixoto – Lambe (Muros Tabajara – entorno do Dragão);

16h “Mãe por meia hora”, do Palhaço Pimenta (Teatro Dragão do Mar);

17h “Histórias de Heróis Negros”, de Edivaldo Batista (Arena Dragão do Mar); “Prelúdios para Danças caboclas”, da Cia Balé Baião (Teatro das Marias), “Flor de Moça”, de Jox – Lambe-instalação (muro próximo ao Café do Cinema)
Na Quebrada do Coco (Oca Maloca – Praça Almirante Saldanha)

18h Maracatu Nação Iracema (Oca Maloca – Praça Almirante Saldanha), “Cativeiro”, de Paula Yemanjá (Arena Dragão do Mar), “Avental Todo sujo de ovo”, do Grupo Ninho de Teatro (Teatro Dragão do Mar), “A dança nossa de cada dia”, de Silvia Moura (Porto Iracema), “Meus 4 aninhos”, de As 10 Graças de Palhaçaria (Ruas do entorno do Dragão);

18h30 Andersoul, com lançamento do álbum “Racional” (Palco Rogaciano);

19h Geraldo Junior, com o show “A irreverência do Sertão contemporâneo” – Participação especial de Beto Lemos (Terreirada Cearense) – (Palco Draga Dragão), “Paginário”, de Leonardo Villa-Forte (Arena Dragão do Mar), “Asja Lacis já não me escreve”, do Grupo Terceiro Corpo (Teatro Sesc), “Devoração”, da Cia da Arte Andanças (Teatro das Marias) Carlinhos Patriolino, com o show “Vivências” (Anfiteatro);

19h30 Camila Marieta, com o pré-lançamento do “Tropeço no meio Fio” (José Avelino);

20h Luizinho Calixto, com o show “Vida longa aos oito baixos” (Praça Verde), Cabaré 3: “Ao Verso”, do Coletivo os Desconhecidos “Maria”, de Beatriz dos Santos (Oca Maloca – Praça Almirante Saldanha), “Graxa”, de Diogo Granato e Henrique Lima (Teatro Dragão), “Impermanência…” , de Natalia Coehl (Espelho d’água do Dragão);

20h10 Maria Ó, com o lançamento do álbum “Dança Três” (Palco Rogaciano), Erivan Produtos do Morro, com o show “Bendito Som das Quebradas” (Palco Draga Dragão);

20h50 Oscar Arruda, com o lançamento do álbum “Egomaquia” (Palco José Avelino);

21h “Instrumental Jam Ceará”, com Márcio Resende, Sardinha e Nélio Costa (Anfiteatro);

21h20 Horoyá (Palco Draga Dragão), Kátia Cilene, com o show “Simplesmente Kátia Cilene” (Praça Verde);

21h30 João do Crato, com o show “Uranianus” (Palco Rogaciano);

22h Dazara Sounds, com o show “Ragga do Crato” (Oca Maloca – Praça Almirante Saldanha), “Corpornô”, da Cia Dita (SESC)

22h10 Casa de Velho, com o show “Ranço” (Palco José Avelino);

22h40 BaianaSystem (Palco Draga Dragão);

23h Maloca Eletrônica (Órbita Bar) com 00h30 Rodrigo Lobbão (Undergroove) | 2h Camilo Rocha – SP | 4h Fil (Undergroove/Feeling Club);

00h DJ Marquinhos (Pirata), BATEKOO (Mambembe), Astronauta Marinho, com pré-lançamento do novo disco (Palco Nublu);

01h Nublu Jam (Palco Nublu);

01h Freud Explica?, com show “Ensaio e outros transtornos musicais” (Pirata).